Doença de Peyronie
A doença de Peyronie é causada por tecido cicatricial, que se forma ao longo do pénis, no corpo cavernoso. Este problema não é visível e, dependendo da severidade do mesmo, pode fazer com que o pénis curve, tornando a relação sexual não só difícil como também dolorosa.
O que causa a doença de Peyronie?
A causa desta doença não é clara, embora muitos pesquisadores acreditem que o problema pode-se desenvolver devido a um trauma no pénis, que cause sangramento localizado dentro do mesmo. A lesão ou trauma pode não ser notada. Outros casos, que se desenvolvem ao longo do tempo, pode ser ligados a factores genéticos ou hereditários. Esta desordem pode ser causada por uma combinação de ambos os factores.
Além disso, vários medicamentos listam esta doença como um possível efeito secundário. Contudo, a hipótese de desenvolver esta doença como resultado de um efeito secundário de um medicamento é muito baixa e não existem provas substanciais em que esta doença esteja realmente associada ao consumo destes medicamentos.
Quem pode ter a doença de Peyronie?
Segundo um estudo efectuado, a doença de Peyronie pode afectar cerca de 1% dos homens. Apesar da doença ser mais comum e surgir em homens de meia idade, jovens e idosos podem também sofrer com a mesma. Na maior parte dos casos, a doença surge devido a factores hereditários.
Quais são os sintomas da doença de Peyronie?
Os sintomas podem-se desenvolver lentamente ou, pelo contrário, surgir de forma repentina. Quando o pénis está flácido, não há nenhum problema visível. Mas, em casos severos, pode haver redução de flexibilidade, causando dor e forçando o pénis a curvar durante a erecção. Geralmente, a dor diminui com o tempo, mas a curvatura no pénis pode permanecer um problema. Ocasionalmente, formas mais leves da doença podem-se resolver de forma espontânea, sem causar dor substancial ou curvatura permanente. De um modo geral, a doença de Peyronie resolve-se por si própria em cerca de 5% a 19%.
Como é que a doença é diagnosticada?
Primeiro, o seu médico falará consigo e irá perguntar sobre circunstâncias como eventuais lesões que possam ter ocorrido antes de aparecerem os sintomas. O seu médico pode sentir o tecido endurecido causado pela doença, durante um exame, embora por vezes seja necessário fazer o exame com o pénis erecto.
A doença de Peyronie tem tratamento?
Sim, tem tratamento. Todavia, uma vez que a condição de certas pessoas melhora sem recurso a tratamento, muitos médicos recomendam que se espere um ou dois anos, antes de se tentar corrigir o problema. Casos leves desta condição raramente requerem tratamento. Além do mais, a dor associada à doença ocorre somente com a erecção e é também geralmente leve. Se a relação sexual for satisfatória, então não existe necessidade de tratamento.
Quais são as formas de tratamento disponíveis?
Os possíveis tratamentos para a doença de Peyronie incluem a cirurgia e outros tratamentos médicos. Existem vários métodos cirúrgicos, dependendo dos seus sintomas e com boas taxas de sucesso. A cirurgia, contudo, não garante a 100% o posterior funcionamento normal do pénis, talvez com excepção do implante peniano, para os homens com problemas de impotência. De qualquer forma, a cirurgia geralmente só é realmente aconselhada em homens com curvatura severa e impeditiva de uma relação sexual normal. Outras opções de tratamento incluem a terapia com vitaminas, com injecção de agentes químicos ou mesmo a terapia com radiação.
Na maior parte dos homens que sofrem com alguma dor associada à doença de Peyronie, o desconforto geralmente resolve-se por si próprio, à maneira que a lesão do pénis melhora. Este processo pode levar de 6 a 18 meses, mas podem ser administrados alguns medicamentos para reduzir a dor.
Apesar de ser uma condição que de alguma forma limita o homem, a dor normalmente desaparece com o tempo, a formação de placa pára, e a deformidade da erecção estabiliza. A maior parte dos homens com a doença de Peyronie é capaz de usufruir de uma relação sexual satisfatória com a sua parceira.