O que É a Impotência Masculina
A impotência masculina, também conhecida como disfunção erétil, é a incapacidade de ter ou manter uma erecção durante tempo suficiente para usufruir de uma relação sexual na sua plenitude.
Em circunstâncias normais, quando um homem está estimulado sexualmente, o cérebro envia uma mensagem através da medula espinal para os nervos do pénis. As terminações nervosas localizadas no pénis libertam mensageiros químicos, designados de neurotransmissores, que alertam as artérias que fornecem sangue ao corpo cavernoso, para relaxarem e se encherem de sangue. Quando expande, o corpo cavernoso fecha todas as outras veias que normalmente drenariam sangue do pénis. Quando o pénis se enche de sangue, ele dilata e endurece, causando uma erecção. Problemas relacionados com vasos sanguíneos, nervos ou tecidos podem interferir com a erecção.
Causas e Sintomas
Muitos homens sofrem de impotência masculina, sendo que esta condição pode atingir até metade dos homens entre as idades compreendidas de 40 a 70 anos. Outrora, os médicos julgavam que a maior parte dos casos de impotência tinha origens psicológicas, contudo, agora, reconhecem que, pelo menos nos homens mais velhos, as causas físicas desempenham um papel significativo na disfunção, podendo atingir uma percentagem igual ou superior a 60% nessas idades. Em homens com idades superiores a 60 anos, a principal causa é a aterosclerose, ou o estreitamento das artérias, o que pode restringir o fluxo de sangue para o pénis. Lesões ou doenças nos tecidos, como a doença de Peyronie, pode impedir ou dificultar o corpo cavernoso de se expandir. Danos nos nervos do pénis, resultantes de certos tipos de cirurgia ou condições neurológicas, como a doença de Parkinson ou esclerose múltipla, podem também causar impotência. Homens com diabetes têm índices de rísco mais elevados, no que concerne ao surgimento da disfunção erétil.
Além disso, alguns medicamentos, como certos medicamentos para a pressão arterial, anti-histamínicos, tranquilizantes (especialmente, quando tomados antes da relação sexual) e antidepressivos podem interferir na erecção. O excesso de fumo, álcool e drogas ilícitas podem também contribuir para a impotência masculina. Em certos casos, níveis baixos de testosterona, uma hormona masculina, podem fomentar a disfunção. Finalmente, os factores psicológicos, como o stress, a culpa ou a ansiedade, podem também desempenhar um papel significativo neste processo, mesmo quando a impotência deve-se sobretudo a causas orgânicas.
Diagnóstico
No que concerne ao diagnóstico para analisar a causa da impotência masculina, o médico começa por perguntar ao homem uma série de questões sobre quando o problema começou, se acontece somente com certos parceiros sexuais e se ele acorda alguma vez com uma erecção. Homens cuja impotência ou disfunção erétil ocorre somente com certos parceiros e que acordem com erecções têm grandes probabilidades de terem causas psicológicas para o surgimento do problema. Por vezes,o parceiro sexual é também entrevistado.
O medico também obtém um historial médico preciso do paciente, para verificar se existiu alguma cirurgia no passado ou outra condição médica, como a diabetes, que provocasse a impotência. Além disso, o médico verifica também a medicação que o homem toma, para analisar se a mesma desempenha algum papel na impotência.
Os exames físicos devem incluir um exame genital, testes hormonais, bem como um teste para despistar a diabetes.
O Tratamento
No passado, o tratamento mais comum para a disfunção erétil passava por um implante ou psicoterapia. Apesar das causas físicas serem agora mais prontamente diagnosticadas e tratadas, o aconselhamento individual ou mesmo para o casal é ainda uma forma eficaz de tratamento para a impotência, quando os factores emocionais desempenham um papel relevante.
Existem essencialmente três medicamentos que são prescritos para tratar as causas físicas da disfunção erétil, nomeadamente o Viagra, o Levitra e o Cialis. Alguns estudos sugerem, contudo, que os mesmos são ligeiramente menos eficazes nos homens que sofrem de diabetes. Estes comprimidos aumentam os efeitos do óxido nítrico. Este produto químico relaxa os músculos do pénis para permitir que mais sangue flua dentro, mas não causam ereção por si mesmos, pois também é necessária a estimulação sexual. Antes da aprovação do Viagra, em 1998, o tratamento medicamentoso da disfunção erétil limitou-se a alprostadil, o qual era injetado no pénis ou inserido como uma bolinha dentro da uretra.